sábado, 22 de novembro de 2008

RESPOSTAS DO NORTE

Para a eleição de 2010 somente duas candidaturas competitivas são certas. De um lado uma chapa encabeçada pelo PT e do outro lado uma pelo PSDB. As outras candidaturas, Ciro Gomes e própria do PMDB, dependem de alguns fatores para se viabilizarem já analisados em posts anteriores (procurar em marcadores do blog PMDB e Ciro Gomes). Porém, tanto tucanos quanto petistas têm seus dilemas.

Lula, e não o PT, tem Dilma Roussef como sua pré-candidata oficial. A indicação final depende de muitos fatores, mas se tudo correr como o presidente deseja a escolhida para enfrentar a oposição em 2010 será a ministra, mesmo que por falta de opção. A grande questão interna do PT é que Dilma nunca disputou eleições. Falta experiência para enfrentar os obstáculos que toda candidatura é obrigada a enfrentar. Ainda mais, se tratando de eleições presidenciais com toda a complexidade que as envolvem. (procurar em marcadores do blog Dilma para abordagens mais focadas nesse assunto)

No PSDB, o problema não é ausência de alternativas e sim de como acomodá-las. José Serra e Aécio Neves sabem do dilema petista e não querem perder a oportunidade de enfrentar os petistas sem sua maior figura, Lula, na cabeça de chapa.

E qual a solução para o petismo e o tucanato? Deveriam olhar para o norte e tirar lições de como Democratas e Republicanos escolhem seus indicados para concorrer à presidência norte-americana.

Nos Estados Unidos a decisão é feita através de amplas prévias em todos os estados. A forma como são conduzidas variam em cada unidade da federação e existem duas variantes principais: caucus e primárias. O formato em que a escolha é feita através de delegados é chamada de caucus, enquanto as primárias são por voto direto. Porém, em cada estado há uma especificidade. Por exemplo: enquanto em alguns casos a participação é aberta a todo eleitor, em outros isso é restrito aos registrados do partido que estiver promovendo o processo. (Para saber mais sobre o sistema de prévias americano: http://people.howstuffworks.com/primary1.htm )

Apesar do formato extremamente confuso, o sistema yankee de escolha dos candidatos é um dos elementos vitais da democracia norte-americana. Com ele, os debates se enriquecem, os traços da personalidade de cada um se tornam mais claros e os vencedores do processo ganham inquestionável legitimidade para representar seus partidos. Em uma nação continental como são os Estados Unidos (e o Brasil), outro ponto positivo é a discussão focada na realidade de cada estado. Além dos interesses locais, a variedade de assuntos abordados mostra o real posicionamento de cada candidatura com suas respectivas ideologias e projetos.

Observando tudo isto, está a opinião pública que passa a influenciar decisivamente a opção de Democratas e Republicanos. Exemplo dessa interferência “externa” foi a vitória de Barack Obama sobre Hillary Clinton. Enquanto a esposa de Bill Clinton possuía forte base interna e uma máquina partidária azeitada, Obama venceu trazendo os independentes e a sociedade civil para sua candidatura. (continua...)

3 comentários:

Anônimo disse...

Apesar dos argumentos isso é impossível no brasil. Aqui são os caciques que mandam.

JAF

Anônimo disse...

Dilma 2010. Os tucanos e seu neoliberalismo não tem chance pq o povo n quer...

Che

Cedê Silva disse...

O sistema de primárias é excelente. Mais democrático, mais participativo, testa com mais rigor os candidatos. Também estimula uma discussão mais longa, e não só depois da Copa do Mundo. No curto prazo, nunca será adotado no Brasil.

2. Esse tal "Che", como todo esquerdista, acha que tem bola de cristal. Ninguém pode saber o que "o povo" irá querer em 2010.