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A análise de Marcos Coimbra dos números baianos é que mais surpreende. Bem-sucedido na conquista do espólio de ACM, o ministro Gedel Vieira Lima, líder inconteste do PMDB baiano, aumentou o patrimônio do partido em 94 prefeituras passando das 20 de 2004 para 114 nas últimas eleições.
O detalhe é que antes das eleições o PMDB já estava com 120 prefeitos. Grande maioria desses atraídos pelas gordas verbas do Ministério da Integração Nacional comandado pelo ministro baiano. Depois de abertas as urnas, o PMDB na verdade ficou estável com uma leve queda (de 120 para 114). Conclusão: o aumento não teve nada de vitórias eleitorais, mas sim da orfandade das prefeituras antes carlistas que migraram em massa antes das eleições para o campo do novo cacique. (Veja gráfico à direita)
Voltando ao significativo número de 144 prefeituras a mais do PMDB nacional em 2008 (post anterior), percebemos que mais de 65% do total (o “plus” baiano de 94 prefeituras) deve-se simplesmente a um rearranjo político local. O declínio de uma oligarquia com a morte de ACM, seu maior líder, foi o grande agente do crescimento do PMDB em 2008.
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